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CASE GRUPO SOLVAY | Design Sprint

Descubra como a aplicação da metodologia por trás do design sprint tem ajudado a empresa a quebrar barreiras e inovar.

A Solvay é uma companhia global, sendo a maior empresa química da Bélgica com sede em Bruxelas. Presente em 64 países com mais de 24 mil colaboradores, os esforços do grupo são destinados a unir pessoas, ideias e elementos para reinventar o progresso.

No Brasil, a atuação da empresa se dá por meio da Rhodia – uma companhia que se consolidou como referência de indústria química e líder em importantes mercados. 

Mas como inovar dentro de uma companhia tradicional e robusta?

Foi com essa pergunta que a Solvay procurou a Homa.

 

01 Desafio

Estavámos lidando com uma empresa de nível global, com uma cultura já consolidada que seria difícil de ser transformada. Junto disso, uma companhia exclusivamente business to business, característica que a torna mais distante do público final. 

Diante dessas questões, percebemos que precisaríamos criar uma conexão entre o início e o fim dos produtos Solvay, assim foi definido o desafio do projeto.

design sprint

02 Primeiros passos

Como poderíamos ajudar nesse desafio?

Após compreender o problema inicial, a Homa propôs o seguinte caminho para encontrar uma solução para o desafio:

  • Criar empatia e engajamento com os envolvidos.
  • Investir no relacionamento com clientes e reforçar a marca junto ao público.
  • Solucionar o desafio através de uma solução de impacto e inovadora.

A partir dessas etapas seria possível:

  • Entender profundamente o público-alvo e cocriar estratégias.
  • Desenvolver e validar solução inovadora que realize a ponte entre empresas e público-alvo.
  • Desenvolver a metodologia para aplicação da solução  e capacitar profissionais para a replicarem.

 

03 Processo

00 Kick Off

O primeiro encontro entre Homa e equipe corresponsável pelo projeto teve como objetivo:

→  entender o contexto e as motivações da companhia;

→ conhecer as pessoas envolvidas no projeto;

→ repassar dúvidas, refletir sobre ideias e discutir obstáculos;

→ definir as métricas de sucesso para o projeto.

Todas as informações levantadas nesta etapa foram essenciais para direcionar e executar a próxima fase: Explorar.

 

01 Explorar 

O momento em que imergimos no universo do desafio que estamos enfrentando. 

No projeto Homa + Solvay essa fase foi, sem dúvidas, a mais densa e extensa. Nesse momento buscamos compreender o cenário e conceitos de inovação na pesquisa documental e as percepções das pessoas sobre essa temática, através da pesquisa qualitativa.

  1. Pesquisa Documental 

A Desk Research é uma forma de levantamento de dados já disponíveis para serem consultados. Neste projeto, a ferramenta foi utilizada com o propósito de entender o conceito de inovação e inovação aberta, tipos de inovação existentes, cases e tendências na área. Buscamos responder às seguintes perguntas:

 

→ Como surgiu a necessidade de inovação aberta nas empresas?

→ O que já existe no Brasil e no mundo?

→ Qual é o futuro da inovação em indústrias consolidadas?

Para isso, foram realizadas:

→ Análise etimológica do serviço.

→ Benchmarking para levantamento de referências no Brasil e no mundo.

→ Pesquisa de tendências.

Ao final dessa etapa, possuíamos uma ampla visão sobre o conceito, cenário e contexto da inovação até os dias atuais.

  1. Pesquisa Qualitativa

Apesar de muitas informações serem encontradas nos meios secundários, algumas informações só viriam com uma conversa direta com pessoas que estão imersas neste universo. Por isso, partimos para uma pesquisa de campo, onde realizamos entrevistas de profundidade a fim de obter as informações necessárias para o seguimento do projeto.

A pesquisa foi realizada com quatro diferentes perfis de público, sendo:

→ Especialistas em inovação: pessoas que atuam nessa área dentro de Universidades, Centros Tecnológicos e Ecossistemas de Inovação do Brasil. Para esse público, buscamos obter respostas para as seguintes perguntas:

O que funciona?

O que não funciona?

O que já existe?

→ Colaboradores Solvay: entrevistamos os atores que são responsáveis, em algum nível, por inovação dentro da companhia. Neste caso, buscamos descobrir:

O que é possível?

Como ultrapassar as barreiras para inovação dentro da companhia?

 Qual valor a Solvay enxerga na inovação?O que é considerado sucesso em inovação?

→ Clientes: neste segmento, fomos atrás de pessoas que são responsáveis pela inovação nas empresas que são clientes da Solvay. Queríamos compreender:

Como é a jornada de inovação?

=

O que precisam quando o assunto é inovação?

O que entregaria valor para esses clientes?

→ Público Final: aqui, conversamos com diversos perfis de pessoas que já participaram de alguma iniciativa de inovação, como hackathons, programas de inovação aberta, sessões de cocriação com empresas e outros. Questionamos, principalmente:

Qual a motivação para participar de algo assim?

O que consideram benefício após participarem de programas assim?

Ao final, foram realizadas 54 entrevistas com pessoas de diferentes perfis, o que trouxe uma rica diversidade de percepções e necessidades para o projeto. Para fins de tratamento do dados coletados, as entrevistas foram transcritas, realizamos um tagueamento de categorias e um affinity de trechos semelhantes para finalizar esta etapa. Os dados foram sintetizados em insights. 

No segmento de Colaboradores Solvay e Clientes as informações também serviram como base para a criação de perfis comportamentais e personas que, como vimos nas entrevistas, representam os anseios, dores, necessidades e características  desses públicos.

Essas informações foram apresentadas à equipe corresponsável do projeto. Com elas, conseguimos compreender o processo de inovação e como ele acontece atualmente em diferentes esferas, o que nos ajudou a iniciar a próxima etapa do projeto.

design sprint

02 Sprint

O momento de testarmos uma forma de inovar.

Após a etapa de Exploração, junto da equipe corresponsável, chegamos à conclusão de que o modelo de Design Sprints poderia ser o ideal para a Solvay na tentativa de inovar mais. A partir disso, desenvolvemos uma metodologia de sprint personalizada para a Solvay, que se adapta à realidade da empresa, dos colaboradores e dos desafios da companhia.

Na semana de 17/08 a 21/08/2020, realizamos nosso primeiro design sprint remoto. 

Com a missão de resolver um desafio relacionado à transição capilar, dor identificada no mercado, e ensinar a equipe corresponsável do projeto como conduzir e realizar um design sprint, iniciamos a jornada. Foram cinco dias conectados através de plataformas de webconferência e de um espaço colaborativo – Mural.

 Conectamos Solvay, cliente e público-alvo em uma semana de cocriação.

Desde o início, o maior questionamento deste projeto era:

Como conectar inconformados na Solvay com inconformados no mundo?

Por isso, não bastava apenas realizarmos um design sprint com o time corresponsável. Mais do que resolver um problema, precisávamos unir pessoas em um momento de reflexão conjunta. 

E foi o que fizemos.

Trouxemos para o design sprint o público-alvo do tema: mulheres que já passaram ou estão passando por transição capilar. Em diversos momentos de muita conversa, questionamentos e reflexões, conseguimos compreender e empatizar com as dores e necessidades desse público. 

Detalhe: o cliente do nosso cliente também estava junto nesse processo. 

Colocamos para pensar junto: Solvay, Natura e mulheres. O resultado disso?

Em uma semana, idealizamos e validamos –  internamente, com o cliente da Solvay e com o público final –  uma proposta de produto inovador neste segmento. 

design sprint

E o que aprendemos no processo?

A importância do envolvimento dos stakeholders ao longo da cocriação. 

Poderíamos ter desenhado um design sprint para o nosso cliente – a Solvay – pensar em inovação. Provavelmente, funcionaria e traria resultados, mas pensamos em mais. 

Envolver o cliente do seu cliente no processo de criação gera engajamento. A solução pensada torna-se algo com que essa persona se importa e se engaja, o que traz mais riqueza durante o processo de cocriação.

Junto disso, a participação do público é essencial. Trazer o consumidor final para o processo diminui os riscos de gerar uma solução que não será comprada ou de atacar uma dor que não é a real. Tendo essas pessoas por perto, conseguimos mapear os pontos mais críticos e trabalhar em cima deles com a certeza de que estamos solucionando o problema certo.

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