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O que é Design Thinking e como ele pode ajudar a inovar meu negócio?

Design thinking é uma abordagem focada na resolução de problemas complexos, desde grandes questões globais até problemas específicos de uma empresa. Trata-se de uma forma de pensar, apoiada por ferramentas e processos específicos, que priorizam o ser humano e suas necessidades, desenvolvendo soluções criativas e inovadoras.

O termo se popularizou nos ambientes corporativos nas últimas décadas, tornando-se sinônimo de colaboração, de pensamento criativo e crítico. Contudo, assim como outras buzzwords como “transformação digital”, o conceito e profundidade do Design Thinking nem sempre é explorado e aproveitado pelas organizações. Para alcançar o máximo de potencial da abordagem, resolver problemas complexos e desenvolver soluções cada vez mais criativas, é essencial aprimorar essa forma de pensamento e garantir que toda a organização entenda e aplique seus princípios.

O grande atrativo dessa abordagem é que qualquer pessoa ou organização pode adotar o Design Thinking, uma vez que não é uma metodologia específica e restrita às consultorias e profissionais de design, mas uma forma de pensar. De fato, é provável que hoje, boa parte dos empreendedores no mercado, mesmo os mais tradicionais, já tenham tido pelo menos algum contato com os seus princípios e pilares. Isso porque o Design Thinking tem se consolidado como um mindset estratégico para os negócios e é adotado como parte da cultura organizacional em muitas empresas.

Entenda melhor neste post, o que é Design Thinking, as principais etapas, pilares e como essa abordagem pode auxiliar o seu negócio! Confira!

Mas afinal, o que é Design Thinking?

Assim como o Design de Serviço, não há uma única definição para Design Thinking. Mas em poucas palavras, podemos dizer que Design Thinking é uma maneira de pensar de forma colaborativa, empática e criativa sobre os problemas e as necessidades humanas, a partir de uma visão holística e ferramentas que expandem as ideias.

Suas entregas podem resultar em novos produtos e serviços, bem como mudanças de processos, fluxos de trabalho e etc. Não há limitações para o Design Thinking, pois se trata de uma forma de ver e pensar o mundo. Tal abordagem tornou-se reconhecida exatamente pelo seu grande poder de transformação nas organizações e inovação nos negócios. E não é exagero dizer que essa abordagem, que revolucionou e impulsionou o crescimento das empresas em todo o mundo, tem o potencial para resolver grandes problemas, desde questões ambientais, até problemas profundos e complexos como a pobreza e a fome.

Realmente, essa abordagem do design vai muito além de questões visuais e estéticas, indo à raiz dos problemas e mantendo o foco no ser humano, tendo como objetivo final projetar algo que gere impacto positivo para alguém.

Assista o TED Talk do Tim Brown, ex-CEO da IDEO, uma das maiores consultorias de design no mundo e entenda melhor o potencial do Design Thinking para transformação social e das empresas.

Quais são as etapas do Design Thinking?


Bom, antes de conhecer as etapas e saber como aplicar o Design Thinking na prática, é importante compreender que esse grande e poderoso mindset não é um método rígido e fechado. Não há uma receita ou passo a passo a ser seguido: o Design Thinking é um processo que ocorre em diferentes etapas, de modo não-linear — uma vez que é sempre possível retomar o pensamento em movimentos convergentes e divergentes sobre um problema — e que é desenvolvido a partir de diferentes ferramentas e elementos.

Todas as fases a seguir são baseadas nos seguintes conceitos do Human Centered Design:

Ouvir: coletar histórias e se inspirar;

Criar: tradução do conceito “Ouvir” em ideias, oportunidades e soluções práticas;

Implementar: modelagem rápida de planejamento, custos e receitas.

Com base nessas premissas, inicia-se a execução das seguintes etapas:

  • Entendimento do problema: como uma abordagem voltada para solução de problemas complexos, nada mais coerente que começar compreendendo qual é a sua dificuldade e suas raízes;
  • Pesquisa: criação de insights a partir de opiniões coletadas em investigação;
  • Reflexão: aqui, o objetivo é repensar o problema a partir do que foi apresentado pelo consultado na pesquisa;
  • Criação: processo de criação de ideias e identificação de possíveis soluções;
  • Prototipação: nessa etapa, busca-se tangibilizar e experimentar ideias no plano concreto;
  • Testes: a partir da tangibilização das ideias, podemos testar sua aceitação e receber feedbacks para melhoria;
  • Iteração: juntar conhecimento acumulado a partir do protótipo testado, no produto ou serviço final.

Essas etapas podem ser resumidas em quatro grandes momentos: Inspiração, Síntese, Ideação + Experimentação e Implementação. É a partir desse processo que é possível avaliar as necessidades, desejos e comportamentos das pessoas para as quais desejamos criar uma solução inovadora. 


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Os pilares do Design Thinking: potencialize a cultura de inovação

O Design Thinking é conhecido como uma abordagem capaz de facilitar, incentivar e direcionar a criatividade voltada para criação de soluções inovadoras que de fato resolvam os problemas das pessoas. Dessa forma, é capaz de criar e atribuir mais valor à ideia proposta! Os principais pilares são:

  • Investir em ambientes adaptáveis e criativos (não tradicionais);
  • Perfil “T”: multidisciplinaridade e multiplicidade de conhecimentos para promover visão sistêmica;
  • Processo: Entendimento, Pesquisa (entrevistas, observação e participação), Reflexão (síntese de informações – nova perspectiva), Criação (geração de ideias), Prototipação (Mínimo Produto ou Serviço Viável), Testes, Iteração (melhoria do produto/serviço).

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Ferramentas de Design Thinking

Para aplicar os pilares e etapas do Design Thinking, é possível utilizar inúmeras ferramentas, desde o famoso Brainstorming e modelo de Canvas, até processos, jogos, entrevistas, frameworks, storyboards e muito mais. Em cada etapa, são aplicados métodos específicos de acordo com o problema analisado e a solução a ser desenvolvida.

Essas ferramentas têm como objetivo compreender diferentes pontos de vista, desde as equipes envolvidas até os stakeholders e clientes, além de validar as soluções propostas e identificar novas oportunidades. 

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Como identificar uma inovação viável?

Para inovar e se destacar no mercado é essencial que as soluções e serviços entregues pelas empresas atendam às necessidades dos consumidores, de modo criativo e personalizado. Com o Design Thinking, torna-se possível identificar diferentes oportunidades de inovação, a partir da observação e aproximação dos stakeholders.

Ao adotar esse mindset, e se colocar no lugar dos clientes, líderes e colaboradores podem, em conjunto, criar e projetar novas ferramentas, experiências e soluções. Assim, alguns valores que devem sempre permear a busca por essas oportunidades são: empatia,  colaboração e experimentação.

Com esses conceitos em mente, uma inovação passará a ser viável se ela passar pelas seguintes lentes: praticabilidade técnica e organizacional; viabilidade financeira; e desejabilidade do consumidor. Tais aspectos são validados nas diferentes etapas do Design Thinking. Se todos esses requisitos forem cumpridos, parabéns, você tem uma inovação viável!

Em resumo…

O Design Thinking é uma abordagem multidisciplinar que pode ser aplicada para solucionar problemas de todas as esferas e tipos, sendo sua prática muito favorável ao mundo complexo e ambíguo em que vivemos hoje. O processo do Design Thinking proporciona às equipes um mindset voltado para a inovação, o qual permite identificar a raiz dos problemas, projetar, junto aos envolvidos, soluções possíveis, viáveis e desejáveis, e testá-las, chegando à melhor delas!

E aí? Se gostou desse post, compartilhe com a sua equipe! Caso você tenha alguma dúvida ou deseje saber mais sobre como desenvolver esse mindset e resolver problemas específicos da sua empresa a partir dessa abordagem, entre em contato conosco!

Photo by UX Indonesia on Unsplash

Texto publicado originalmente em 31 de agosto de 2018.

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