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Design Sprint: reduzir riscos e encontrar soluções com agilidade

O poder do design em solucionar problemas com agilidade e assertividade é tão grande e sua importância tão reconhecida que, ninguém mais, ninguém menos que a Google desenvolveu uma metodologia baseada em conceitos do design e da cultura ágil. Um dos objetivos é ajudar equipes a validar ideias sem desperdício de tempo, orçamento e fosfato. Trata-se do design sprint, o prazer é todo seu!  

O desenvolvimento dessa metodologia se deu a partir da percepção de que duas frentes que cresciam bastante dentro da corporação da então Google Ventures: a cultura UX, centrada na experiência do usuário, e as lideranças de design. O método permite reduzir o processo de prototipação e tangibilização de uma ideia, que duraria meses, a uma semana de muita inovação e produtividade! 

O sprint oferece ao time caminho mais curto até a etapa de aprendizado.

As práticas do Design Sprint permitem que, antes que a equipe se comprometa com um projeto mais complexo, ela consiga obter dados e feedbacks para lapidá-lo e verificar sua viabilidade. Ao invés de investir tempo e dinheiro no lançamento de um MVP (Produto Mínimo Viável), o time tem a oportunidade de reunir inúmeras possibilidades e testar ideias até chegar na que se mostrou mais assertiva. Esse caminho até a avaliação da ideia prototipada é uma espécie de atalho, conforme ilustra a imagem acima.   

Ou seja, além de proporcionar uma tomada de decisão mais ágil e econômica, o método reduz imensamente os riscos dessas decisões, uma vez que ao longo do sprint a equipe consegue diagnosticar possíveis problemas e dores do público que já podem ser resolvidos. 

Design sprint na prática

O Design Sprint é uma de várias metodologias importantes que se baseiam nos pilares do Design para estruturar a estratégia de um negócio. É importante que uma pessoa especialista conduza sua aplicação, para saber identificar com clareza o momento e definir os objetivos de sua empresa.

E então você se pergunta: quando, como e quem deve fazer uso do design sprint? 

E a gente te responde. 

Quando fazer um design sprint?

Já falamos sobre como essa metodologia é perfeita para a validação de ideias com agilidade e assertividade. Dessa forma, sua aplicação é recomendada sempre que uma empresa busca conquistar novos mercados, lançar um novo produto ou serviço, definir novas estratégias de inovação e por aí vai. 

O sprint é feito antes de investir muito tempo e dinheiro em um projeto que ainda precisa ter ideias melhor maturadas. Ah, o método também é ótimo para equipes que precisam se alinhar e conhecer melhor. 

Quem participa de um sprint? 

Colaboração e multidisciplinaridade são pontos muito valiosos desse momento, afinal, o Design Sprint é uma ferramenta colaborativa estruturada para que os times conquistem resultados relevantes. 

Dito isso, os encontros devem contar com contribuições de diferentes vozes e know-hows: ao menos um designer, gerente de produto, stakeholders (CEO, responsável pela ideia, cliente final), alguém de um cargo mais técnico, como um desenvolvedor. 

Tendo essas pessoas por perto, conseguimos mapear os pontos mais críticos e trabalhar em cima deles com a certeza de que estamos solucionando o problema certo. É altamente recomendável a presença de alguém para mediar e facilitar a discussão e os exercícios.

Como fazer um sprint?

O modelo padrão da metodologia criada por Jake Knapp considera 5 dias de imersão, uma semana de segunda a sexta com a agenda totalmente dedicada a esse momento. Durante esses dias, o Design Sprint propõe 6 grandes etapas: 

  1. Entendimento Ter clareza sobre o contexto e os objetivos. Esse é o momento de ter um panorama e elencar todas as informações a respeito das expectativas, problemas a serem resolvidos, oportunidades, obstáculos, necessidades, etc. Outro ponto importante aqui é entender o que o cliente espera que seja entregue no final do Design Sprint, tornando este objetivo claro e mensurável. Muita pesquisa e foco!
  2. Definição Depois da fase de entendimento, cada membro compartilha suas anotações e impressões para que todos consigam visualizar e categorizar melhor as ideias. É hora de filtrar e escolher qual problema ou necessidade o time vai trabalhar para resolver!
  3. Divergir A partir da definição do problema, o próximo passo é começar a esboçar soluções. O objetivo nesse momento é deixar as ideias fluírem sem restrições e, depois, organizá-las com a ajuda de algumas ferramentas como a técnica Crazy 8s: oito ideias em oito minutos. Ah, essa fase é uma espécie de brainstorming, mas ressaltamos uma diferenciação que o próprio Jake Knapp fez: em um brainstorming as ideias são mais rasas e coletivas, e as chances de serem realmente prototipadas são menores. Já no sprint, cada pessoa dedica mais tempo à estruturação de sua solução, que aparece com mais fundamento e chances de execução.
  4. Decidir Depois de compartilhar ideias e sketches, chegou a hora da decisão! Qual solução traz mais valor ao usuário? Qual é mais viável? Nessa fase, o facilitador também pode recorrer a ferramentas que orientam os votos e a decisão, como a Dot Voting.
  5. Prototipar
    Mãos à obra para construir, online ou fisicamente, os protótipos da solução. Eles são as ferramentas que permitem testar e avaliar o projeto junto ao seu cliente ou usuário final.
  6. Validar e aprender
    A sexta e última fase é quando executamos, de fato, os testes. Registre, pergunte e observe tudo a respeito da experiência, é assim que entendemos o que precisa melhorar. Depois de uma semana de dedicação intensa, as respostas surgem para que a equipe tenha clareza sobre a assertividade do projeto e como prosseguir.

    Agilidade, economia e assertividade são um combo perfeito para negócios que ousam inovar e transformar. Ter ferramentas como o design sprint disponíveis é maravilhoso, fazer uso delas é inteligente.

Quer saber mais? Confira o case do Grupo Solvay e saiba como a HOMA, por meio do design sprint e da cocriação junto aos stakeholders, ajudou uma empresa tradicional a superar barreiras e inovar.

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